A endoscopia digestiva alta, ou ainda esofagogastroduodenoscopia, ou simplesmente endoscopia, é um exame em que o médico utiliza um aparelho flexível inserido pela boca, em que se avalia o esôfago, estômago e porções iniciais do duodeno.
Através de uma câmera posicionada na ponta do aparelho, é possível avaliar o tecido superficial destes órgãos. Com isso, pode-se buscar alterações como úlceras, danos relacionados ao refluxo gastroesofágico, hérnias de hiato, lesões que podem gerar sangramento, ou mesmo câncer de esôfago ou gástrico. Através do aparelho de endoscopia, pode-se coletar biópsias desses tecidos ou lesões visualizadas, sendo estas enviadas para análise. É através destas biópsias que se verifica, por exemplo, a presença ou não do Helicobacter pylori, bactéria que pode habitar o estômago, e está relacionada a gastrite e formação de úlcera.
O exame é realizado sob anestesia (sedação profunda), preferencialmente com acompanhamento de um médico anestesista. Desta forma, aumenta-se a segurança e o conforto para o procedimento. É necessário um jejum de 8 horas antes do exame, a fim de evitar a presença de resíduos alimentares no estômago.
Informe todos os medicamentos que faça uso continuamente. Em alguns casos, poderá haver alguma orientação especial sobre o uso desses remédios antes do procedimento endoscópico.
Para quem está indicada a realização da Endoscopia?
A melhor forma é avaliar com seu médico a necessidade ou não da realização de uma endoscopia. Situações como dores abdominais, dificuldade para alimentar-se ou engolir a comida, sintomas de refluxo, anemias, suspeitas de sangramento digestivo, emagrecimento, náuseas e vômitos frequentes, ou histórico familiar de câncer no trato gastrointestinal podem ser indicativos da necessidade de realizar esta avaliação. Portanto, caso observe algumas destas alterações, converse com seu médico.
Quais os riscos do procedimento?
A endoscopia digestiva alta é um exame extremamente seguro quando realizado por profissionais habilitados e certificados pelas entidades de classe. Porém, não é isenta de riscos. Dor no local da veia utilizada para fazer medicações (flebite) e desconforto na garganta podem ser observados. Complicações mais sérias como perfuração ou sangramento são mais raras no exame de rotina, estando relacionadas a procedimentos mais complexos, como dilatações de estenoses (estreitamentos), retiradas de pólipos, tratamento de lesões sangrantes.